A ministra do Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, admitiu nesta quinta-feira (15) que a estátua do Cristo Redentor amanheceu pichada em parte dos braços. A estátua está coberta de andaimes e com os acessos a turistas fechados, já que houve diversos deslizamentos que interromperam a estrada que leva ao local, durante a chuva que atingiu o Rio.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que a prefeitura já está limpando o monumento. As pichações diziam “Onde está a engenheira Patrícia” e “Quando os gatos saem os ratos fazem a festa”.
De acordo com Paes, a Polícia Federal e a Polícia Civil já estão envolvidas no caso e irão prender o que ele classificou como “criminosos”. Para Paes, o caso é um "crime de lesa-pátria”.
Em março deste ano, uma pichação no túmulo do apresentador de TV Abelardo Barbosa de Medeiros, que ficou conhecido no Brasil inteiro como Chacrinha, também mencionava o desaparecimento da engenheira. A frase dizia “Cadê a eng. Patrícia?”.
16/04/2010 - "ASSINATURA EM PICHAÇÃO DO CRISTO PODE SERVIR DE PISTA PARA A POLÍCIA"- PORTAL G1
Uma das pistas que a polícia pretende utilizar para capturar o pichador do Cristo Redentor é um apelido que assina as inscrições e frases de protesto que surgiram na estátua na manhã de quinta-feira(15). As investigações estão sendo conduzidas pelas polícias Civil e Federal, já que o monumento é tombado pelo patrimônio mundial.
Nesta sexta-feira (16) a Comlurb divulgou que, “de acordo com a Cone Engenharia, empresa responsável pela restauração do monumento, não há mais vestígios de pichações na estátua do Cristo Redentor.”
A Polícia Federal informou que a Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico abriu procedimento investigatório para apurar prática criminosa contra a estátua, descrita pelo Artigo 65, parágrafo único, da Lei 9605/98.
De acordo com a lei, pichar um monumento é crime ambiental. A pena é de três meses a um ano de prisão, mais multa. Agentes da 9ª DP (Catete) também realizaram algumas diligências para identificar o autor do ato de vandalismo. Mas, até o fim da tarde, ainda não havia nenhuma novidade.
17/04/2010 - "DISQUE-DENÚNCIA OFERECE 5 MIL POR INFORMAÇÕES DE PICHADORES DO CRISTO" - G1
Um anúncio do Disque-denúncia (2253-1177) informa que pistas que levem à captura dos pichadores da estátua do Cristo Redentor vale uma recompensa de R$ 5 mil. Segundo o cartaz, o valor é uma doação de um grupo de “cidadãos cariocas indignados, que não querem ver delinqüentes afrontando o Rio de Janeiro”.
A polícia também está utilizando outra pista para capturar o pichador do Cristo Redentor: o apelido que assina as inscrições e frases de protesto que surgiram na estátua na manhã de quinta-feira (15). As investigações estão sendo conduzidas pelas polícias Civil e Federal, já que o monumento é tombado pelo patrimônio mundial.
A Polícia Federal informou que a Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico abriu procedimento investigatório para apurar prática criminosa contra a estátua, descrita pelo Artigo 65, parágrafo único, da Lei 9605/98.
De acordo com a lei, pichar um monumento é crime ambiental. A pena é de três meses a um ano de prisão, mais multa. Agentes da 9ª DP (Catete) também realizaram algumas diligências para identificar o autor do ato de vandalismo. Mas, até o fim da tarde, ainda não havia nenhuma novidade.
20/04/2010 - "POLICIAIS SE INFILTRAM EM GANGUES DE VÂNDALOS PARA CHEGAR AOS SUSPEITOS DA PICHAÇAO DO CRISTO" - O GLOBO
RIO - A investigação para chegar aos dois suspeitos de terem pichado o Cristo Redentor, no último dia 15. seguiu três linhas: o depoimento de uma testemunha, informações ao Dique-Denúncia e a infiltração de dois policiais - um homem e uma mulher de aparência jovem - em três encontros de gangues de pichadores. Sem se identificar, o policial que se infiltrou contou que duas dessas reuniões aconteceram em Bangu, na Zona Oeste, e a outra, numa praça em Coelho Neto, na Zona Norte.
- Nesses encontros eles assinam uma lista, como se fosse uma ata de reunião, em que registram a marca com a qual fazem suas pichações. Eles só falam das pichações e das alturas alcançadas - relatou o policial.
O policial infiltrado acrescentou que, no encontro, não houve consumo de droga e não viu ningém armado:
- Havia pessoas de outros bairros e, embora todo mundo fosse de uma classe social mais baixa, havia quem fosse de classe média. Algumas pessoas pareciam ter algum tipo de trabalho.
Além dos retratos, policiais conseguiram o nome e a idade de um dos suspeitos da pichação - Edmar Batista de Carvalho, conhecido como Zabo, de 26 anos - e o apelido de outro: Aids. Os investigadores trabalham com a hipótese de mais dois vândalos terem participado da ação. A 9 DP está fazendo diligências junto com a Delegacia de Crimes Ambientais.
O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece 5 mil a quem dê informações que rsultem na captura dos pichadores. A 9ª DP também divulgou um telefone para quem quer fazer qualquer denúncia sobre o caso: 2334-4126.
Segundo o titular da 9ª DP (Catete), Carlos Augusto Nogueira, os autores serão enquadrados em dois crimes: injúria por discriminação, com pena de um a três anos de prisão; e crime ambiental, com pena de seis meses a um ano. Existe ainda a possibilidade de enquadrá-los por formação de quadrilha, o que pode aumentar a pena em pelo menos quatro anos.
22/04/2010- "PICHADOR DO CRISTO REDENTOR SE ENTREGA E DEPOE NA DELEGACIA" - O GLOBO
RIO - O pintor Paulo Souza dos Santos, um dos autores das pichações na estátua do Cristo Redentor , pode ser condenado à pena alternativa. Ele entregou-se na manhã desta quinta-feira na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em São Cristóvão, onde prestou depoimento. O pintor, de 28 anos, disse que pretendia apenas fazer um protesto sobre pessoas desaparecidas - como contara ao GLOBO na quarta-feira. Após três horas de depoimento, na saída da delegacia, ele pediu desculpas à população e negou que tenha participado de outras pichações a monumentos. Ele foi indiciado por crime ambiental e injúria por preconceito.e aguarda em liberdade a decisão da Justiça. - A decisão é do juiz. Mas pela prática, já que estamos diante de crime sem violência ou grave ameaça, Paulo deve ter a pena de detenção substituída por prestação de serviços à comunidade. Como se trata de um monumento histórico, conhecido mundialmente, a Justiça pode determinar que ele limpe pichações em outros monumentos - disse a delegada Juliana Emerique, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA),Paulo dos Santos ressaltou, em depoimento, que não tinha intenção de desrespeitar qualquer religião.
- Eu queria fazer um protesto. Nunca pratiquei um ato desta gravidade. Na minha adolescência, cheguei a pichar um muro na linha férrea, mas depois que entrei para o Exército, não fiz mais isso - comentou.
O pintor chegou numa van da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, acompanhado do Pastor Marcos Peireira. A decisão de procurar policiais e se apresentar foi tomada depois de consultar amigos, que o aconselharam a buscar a ajuda do pastor. Na igreja de Pereira, Paulo recebeu apoio espiritual e jurídico - o advogado Alexandre Magalhães Braga foi escalado para acompanhá-lo.
O advogado disse que Edmar Batista de Carvalho, outro acusado de fazer as pichações, já procurou os religiosos e deverá se apresentar.
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25/04/2010 - "SEGUNDO PICHADOR DO CRISTO SE ENTREGA À POLICIA" - O GLOBO
RIO - Os pichadores do Cristo Redentor são suspeitos de terem praticado atos de vandalismo no Cemitério São João Batista, em Botafogo, em outubro de 2009. A polícia também investiga a participação de uma terceira pessoa. No sábado, o segundo pichador Edmar Batista de Carvalho, de 24 anos, se entregou à polícia. Como o pintor Paulo Souza dos Santos, de 28 anos, que se entregara na quinta-feira, ele disse que a pichação no monumento do Corcovado foi uma forma de protesto e negou outros atos de vandalismo e a participação de mais uma pessoa.
A delegada confirmou por meio de fotos que as inscrições feitas na estátua do Cristo redentor são iguais às rabiscadas em túmulos no São João Batista, em outubro passado. Na opinião de Juliana, a comprovação de que eles são os autores dos dois atos de vandalismo servirá como um agravante para a Justiça. Para a delegada, as investigações vão comprovar que a versão de protesto não passa de manobra para tentar livrar a dupla de punição na justiça:
Ao se apresentar na noite de sábado, Edmar disse à delegada que é cozinheiro e está desempregado. Morador de Cosmos, na Zona Oeste do Rio, ele afirmou conhecer Paulo há alguns anos, contrariando a versão apresentada anteriormente pelo comparsa. Solteiro, ele disse que vive com os pais. Edmar caiu em contradição outras vezes durante o depoimento de cinco páginas.
Ao assinar o documento, colocou ao lado da rubrica uma estrela semelhante à rabiscada no Cristo Redentor e nas sepulturas do Cemitério São João Batista. Ao sair da delegacia, acompanhado pelo advogado, ele se recusou a falar com os jornalistas.
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30/04/2010 - " PICHADORES DO CRISTO AUXILIAM NA LIMPEZA DE TÚNEL EM BOTAFOGO - O DIA
"Viemos ajudar para passar um exemplo de consciência e hoje limpamos o túnel aqui em Botafogo. Não quisemos ofender nenhum católico e nenhuma religião", disse Paulo, que tem 28 anos, é casado e sua esposa está esperando o segundo filho.
Edmar Batista se diz arrependido e espera que seu novo ato tenha um efeito positivo e sirva para que pichadores aposentem suas latas de spray.
"Os pichadores vão ver que fazer isso não é legal. Agora vamos limpar o túnel e ajudar na conservação da cidade", completou Edimar, o Zabo.
De acordo com o secretário municipal de Conservação Pública, Carlos Roberto Osório, a Prefeitura vai continuar atrás dos pichadores.
"Nós vamos assumir a nossa responsabilidade e limpar as pichações. Mas também vamos punir os pichadores com rigor", disse Carlos Roberto Osório.
Paulo de Souza foi encontrado pela reportagem de O Dia escondido em uma igreja evangélica na Baixada Fluminense. Em entrevista, ele se disse arrependido e que pretendia apenas fazer um ato de protesto e não imaginava que o caso daria tanta repercussão. O pintor e Edmar, também conhecido como Zabo, foram acusados de pichação ao monumento público e injúria por preconceito (por se tratar de imagem religiosa). Edmar Batista se entregou à polícia dias depois.
Paulo, ex-soldado do Exército resolveu pedir a ajuda ao pastor Marcos Pereira da Silva, conhecido pelo trabalho de evangelização em favelas dominadas pelo tráfico no Rio,antes de se apresentar à polícia. Temendo ser hostilizado e, segundo ele, "tachado de marginal", Paulo pediu perdão à população carioca.
"Queria pedir perdão a Deus e a população carioca. Eu sei que cometi um ato errado. As pessoas estão achando que sou bandido ou traficante. Não sou nada disso. Sou um ex-militar. Não tinha a noção de que meu ato teria essa repercussão toda. Resolvi pedir ajudar ao pastor Marcos Pereira e ao Waguinho por confiar no trabalho deles", disse.